GitHub Copilot CLI: A Nova Ferramenta que Desafia o VS Code no Jogo da Automação
- Chip Spark

- 10 de out.
- 3 min de leitura
Testei o novo GitHub Copilot CLI. É hype ou revolução? Criamos 3 projetos e comparamos o desempenho no terminal com o VS Code.

Eu me lembro quando o GitHub Copilot surgiu, uma espécie de copiloto digital que prometia escrever código por você. Era uma novidade, uma revolução que nos faria questionar o futuro da programação. Mas, como jornalista apaixonado por tecnologia, eu sei que a inovação nunca para. A Microsoft e o GitHub acabam de lançar o Copilot CLI, uma versão que permite programar diretamente pelo terminal. A pergunta que ecoou na minha mente, e na de muitos desenvolvedores, foi imediata: isso é hype ou é o próximo nível da automação? Para descobrir, eu embarquei em uma jornada de testes, criando três projetos de diferentes complexidades e comparando o desempenho da ferramenta com a já conhecida interface gráfica do VS Code.
O primeiro desafio foi criar uma calculadora simples. Um projeto de baixa complexidade, quase um “olá, mundo!” para a IA. Criei o mesmo prompt e o rodei simultaneamente no Copilot CLI e no VS Code. A resposta veio quase que ao mesmo tempo. Ambos os lados geraram um plano de ação detalhado, uma lista de tarefas, e me pediram aprovação. Mas o Copilot CLI mostrou sua primeira desvantagem: a alta demanda. Em certo momento, a ferramenta no terminal teve vários erros e demorou mais para concluir a criação dos arquivos. No final, o código gerado foi praticamente idêntico, e ambos apresentaram um erro inicial de dependência. O que me levou a uma conclusão: a IA pode ser brilhante, mas ainda precisa de um toque humano para corrigir os bugs.
O teste de média complexidade me levou a um projeto mais ambicioso: um Music Player que lia arquivos locais, tocava música, permitia avançar, voltar e até exibir a capa do álbum. Mais uma vez, usei o mesmo prompt, e o Copilot CLIorganizou o projeto de forma impecável, com um resumo da estrutura, das funcionalidades e das bibliotecas necessárias. O tempo de execução foi rápido, e a IA se mostrou surpreendentemente eficiente. O projeto gerado, embora simples, tinha um visual agradável e até mesmo um botão de “shuffle” que eu não havia pedido. Embora a funcionalidade de avançar a música tenha apresentado um bug, a experiência de usar a ferramenta no terminal foi surpreendentemente fluida. As cores, o layout, tudo parecia otimizado para uma experiência agradável, mesmo para quem não está acostumado com o ambiente de linha de comando.
O terceiro e último teste foi o mais desafiador: um gerenciador de tarefas com um cronômetro Pomodoro integrado. Um projeto que exigia uma comunicação segura com banco de dados, login de usuário e uma complexidade estrutural bem maior. E foi aqui que o Copilot CLI revelou seu calcanhar de Aquiles. Eu instruí a IA para não criar “documentação excessiva”, mas ela ignorou meu comando. Completamente. Ela gerou mais de sete arquivos markdown, explicando a arquitetura e o resumo do projeto, como se não pudesse conter sua vontade de documentar tudo. No final, o projeto foi criado, mas com a mesma dependência ausente dos testes anteriores, um erro que parece ser recorrente no modelo Cloud Sonnet 4.5 que estava em uso.
A experiência com o GitHub Copilot CLI me mostrou que a ferramenta é poderosa e útil, especialmente para casos de uso específicos, como a automação de servidores remotos sem interface gráfica. Ela permite que você use modelos de linguagem avançados como o Cloud Sonnet 4.5 a um custo mais baixo que o plano oficial da Anthropic. No entanto, a preferência pessoal e a usabilidade ainda pesam na balança.
Para a maioria das pessoas, a interface visual de um editor como o VS Code ainda oferece uma experiência mais intuitiva e ágil, especialmente quando se lida com múltiplos arquivos e a necessidade de depurar. O Copilot CLI não é o fim da linha, mas é uma evolução interessante que nos mostra que a corrida pela IA na programação está longe de acabar. O que fica, no final das contas, é a pergunta: onde você se sente mais produtivo, no terminal ou no editor?
— Chip Spark





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