Interruptores inteligentes Sonoff TX Gen 2 Matter: o clássico que voltou para dominar sua parede
- Chip Spark
- 21 de nov.
- 3 min de leitura
Testei os interruptores inteligentes Sonoff TX Gen 2 Matter — toque clássico, ESP32 e integração com Alexa, Google, HomeKit, SmartThings e Home Assistant.
Abrir a caixa do Sonoff TX Gen 2 Matter foi como reencontrar um velho conhecido que veio mais elegante para o jantar: a forma é familiar, o toque é o mesmo — vidro, dois botões touch — mas o interior foi modernizado com cuidado. Lembrei do meu primeiro Sonoff TX, dos ajustes com Tasmota e das noites tentando extrair funções extras; agora, com o firmware Mere e o chip ESP32, a brincadeira ficou mais coesa e menos acrobática.
A instalação física não pede drama: caixa 4x2, fase, neutro e as saídas L1/L2. A Sonoff manteve o design que muitos copiaram ao longo dos anos e, felizmente, adicionou uma proteção nos bornes — um detalhe simples que evita curtos durante a instalação. No meu caso, optei por ligar apenas fase e neutro para testar as funcionalidades em ambiente controlado. O espelho encaixa com precisão e, quando a energia sobe, o LED inferior pisca pedindo emparelhamento.
O primeiro impacto técnico: o Sonoff TX Gen 2 agora vem com ESP32 — mais memória e potência para o firmware Matter. Isso significa atualizações mais ricas, suporte a BLE+Wi-Fi no pareamento e mais estabilidade em automações locais. No app da EweLink eu adicionei o dispositivo via Bluetooth, conectei à rede Wi-Fi e, em segundos, os dois canais apareceram separados. A sensação foi de “plug and play” — algo que, há alguns anos, ainda gerava suor frio em instaladores caseiros.
Comecei pelos ajustes que mais uso: estado após falta de energia, brilho do backlight e timers. O TX permite definir o estado inicial (ligado, desligado, inverter ou último estado) — essencial para quem tem equipamentos que não toleram ficarem ligados após uma queda. Também configurei um auto-desligamento de 3 segundos em um canal (útil para filtros e bombas), e testei o bloqueio de concorrência entre canais (quando um liga, o outro desliga) — uma função prática para cortinas ou portões elétricos. Essas opções embarcadas, diretamente no dispositivo, significam que a lógica continua funcionando mesmo se a nuvem cair — um ponto de robustez que valorizo muito.
A experiência de pareamento com plataformas foi parte do show. Habilitei o modo Mere e compartilhei para Alexa: o reconhecimento foi rápido, embora a Amazon exiba alguns nomes genéricos que precisei renomear. Google Home respondeu bem, com latência aceitável para comandos diários. No Apple HomeKit o processo também funcionou via código gerado — e no SmartThings e Home Assistant a integração foi igualmente satisfatória. O grande trunfo aqui é a flexibilidade: EweLink/Mere como “origem” e múltiplas formas de expor o dispositivo a assistentes e hubs, mantendo a opção de controle local (LAN) — algo que recomendo sempre habilitar para reduzir dependência de servidores remotos.
Tecnicamente, o suporte a até 16 A é generoso para um interruptor de iluminação e abre cenários além de lâmpadas: pequenas resistências, motores leves ou eletrodomésticos controlados por relé. Ainda assim, lembre de respeitar fiação e dimensionamento dos circuitos. O touch continua sendo assunto pessoal: eu prefiro botões físicos, mas o painel capacitivo do Sonoff tem sensibilidade bem calibrada — resistente a toques involuntários e funcionando até em situações adversas.
Algumas limitações aparecem: a latência em determinados ecossistemas (notei um atraso maior via Google em um cenário) e a questão do “nome” automático quando os serviços listam múltiplos endpoints Mere. Nada que altere a utilidade, mas detalhes práticos para quem administra muitos dispositivos. E, claro, a velha piada de sempre — quem gosta do clique tá fora dessa estética touch — mas para muita gente o visual é parte da decisão.
Depois de dias com o Sonoff TX Gen 2 Matter espalhados pela casa — sala, cozinha e um na área técnica do filtro — o sentimento é de que a Sonoff acertou o espírito do produto: manter o que funcionava, atualizar o que precisava e tornar a integração mais simples. É um clássico com backstage moderno: mais memória, pareamento simplificado, opções locais sólidas e compatibilidade com praticamente todo o ecossistema que importa hoje.
No fim, essa experiência me lembrou uma lição repetida aqui no Teck & AI: tecnologia útil é aquela que some na rotina — não por desaparecer, mas por se tornar natural. O Sonoff TX Gen 2 Matter não é um gadget que vai impressionar com efeitos dramáticos; ele faz o trabalho silencioso de tornar a casa previsível, segura e mais confortável. E, convenhamos, às vezes o futuro se manifesta assim — como um toque bem calibrado na parede.
Se quiser, no próximo artigo eu monto um passo a passo visual para configuração com Home Assistant e criação de automações resilientes. Se curtiu essa experiência, deixa seu like, assina o site e compartilha com quem está renovando a casa.
interruptores inteligentes Sonoff TX Gen 2
— Chip Spark
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